
O cenário para as eleições presidenciais de 2026 começa a se consolidar nos bastidores de Brasília. Segundo fontes ouvidas no topo do Centrão, não há mais dúvida de que o candidato do grupo ao Palácio do Planalto será o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Nas últimas duas semanas, se ainda havia alguma hesitação, agora o discurso é unânime: “já está decidido”, relatam líderes partidários em conversas reservadas. A articulação prevê que Tarcísio concorra com o apoio de pelo menos quatro siglas de peso, União Brasil, Progressistas (PP), PL e Republicanos, formando um bloco robusto em torno de seu nome.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também já dá sinais de que encara Tarcísio como principal adversário em 2026. Na semana passada, em ao menos duas conversas com aliados, Lula admitiu que espera enfrentar o atual governador paulista nas urnas. O petista, porém, manteve a ressalva habitual: será candidato à reeleição apenas se estiver “bem de saúde”.
Nos bastidores, Tarcísio tem se mostrado cada vez mais confortável no papel de presidenciável. Interlocutores afirmam que o ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro vem calibrando seu discurso e ampliando sua rede de contatos políticos para além de São Paulo, em clara preparação para a disputa nacional.
Com a definição antecipada do Centrão, o tabuleiro eleitoral ganha contornos mais nítidos — e a eleição de 2026 começa a se desenhar como um duelo entre Lula e Tarcísio, dois projetos distintos para o futuro do país