
O PSDB, que já esteve no topo da política nacional e governou o Brasil por duas vezes, enfrenta hoje seu pior momento histórico. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reunidos pelo Poder360 mostram que o partido, que em 2000 chegou a ter 9.794 políticos eleitos, em 2024 conta com apenas 3.330 uma queda de quase 70% em duas décadas.
A derrocada tucana aparece em todas as frentes:
Câmara dos Deputados: em 1998, o PSDB elegeu 99 deputados. Em 2022, caiu para apenas 13; atualmente, tem 14.
Senado: em 1999, chegou a ter 15 senadores. Hoje, restam apenas 3.
Governadores: em 2010, o partido comandava 8 estados brasileiros. Em 2022, foram apenas 3 e, em 2024, não governa nenhum.
Prefeituras: em 2004, os tucanos administravam 990 municípios. Nas últimas eleições, esse número despencou para 276.
Vereadores: em 2000, tinham 8,5 mil eleitos; hoje, são 3 mil.

No campo presidencial, o contraste também é evidente. O PSDB já disputou o 2º turno em todas as eleições presidenciais de 1994 a 2014, chegando a obter 40 milhões de votos em 2006 com Geraldo Alckmin. Porém, em 2018, Geraldo Alckmin teve apenas 5,1 milhões de votos e, em 2022, o partido sequer lançou candidato.
De protagonista a coadjuvante
O PSDB, que já foi símbolo da chamada “terceira via” e governou o país com Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), perdeu força com a polarização política entre PT e bolsonarismo. Sem renovar quadros e com figuras históricas migrando para outras siglas, o partido hoje luta para manter relevância em cenário nacional.
De protagonista da política brasileira, o PSDB tornou-se um coadjuvante, enfrentando a maior crise de sua história.