Em uma reunião recente com deputados, o ex-ministro Ciro Gomes reacendeu especulações sobre seu futuro político ao admitir ter recebido um convite do senador Tasso Jereissati para se filiar ao novo partido que está sendo formado a partir da fusão entre PSDB e Podemos. A possível migração de Ciro marca um novo capítulo em sua trajetória, sinalizando o enfraquecimento de sua ligação histórica com o PDT.

Durante o encontro, Ciro falou abertamente sobre temas centrais para o Brasil, como segurança pública e a atual crise política e econômica. Também não poupou críticas ao governo do petista Elmano de Freitas no Ceará, deixando claro seu descontentamento com a atual gestão estadual. Ao ser questionado sobre 2026, Ciro não descartou a possibilidade de disputar novamente o Governo do Estado.

A eventual filiação ao novo partido, que busca unificar forças do centro-direita com foco em uma alternativa ao bolsonarismo e ao lulismo, pode representar uma tentativa de reposicionamento de Ciro no cenário nacional, especialmente após os resultados das últimas eleições presidenciais, nas quais ele ficou em quarto lugar.

Caso se concretize, a saída de Ciro Gomes do PDT encerraria uma longa relação com o partido fundado por Leonel Brizola, o qual abrigou as principais candidaturas de Ciro nos últimos anos. A fusão entre PSDB e Podemos pode oferecer ao ex-governador do Ceará uma nova estrutura partidária e alianças estratégicas para disputar cargos executivos com mais competitividade.

Nos bastidores, a movimentação é vista como uma tentativa de rearticulação do campo político moderado, buscando nomes de peso para liderar uma possível terceira via nas eleições de 2026.

A deputada estadual Mical defendeu, nesta terça-feira (6), a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 93/2007, que atualmente aguarda parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados. A PEC visa conceder aos estados autonomia para criar, incorporar, fundir e desmembrar municípios.

Durante sua fala, a parlamentar afirmou que 41 distritos maranhenses já estariam aptos a se tornarem municípios, segundo critérios estabelecidos. Embora não tenha citado todos os nomes, sabe-se que o distrito do Maiobão, localizado em Paço do Lumiar, está entre os que preenchem os requisitos para uma possível emancipação.

Maiobão se destaca por sua estrutura urbana consolidada, com comércio forte e intensa atividade econômica e social. A região possui características que a colocam em posição favorável para assumir autonomia administrativa. A população local e de bairros adjacentes já manifesta, há anos, o desejo de ver a região se tornar politicamente independente, o que abriria caminho para mais investimentos, gestão local e políticas públicas direcionadas.

Atualmente, o Maranhão conta com 217 municípios. O último a ser criado foi Feira Nova do Maranhão, por meio da Lei nº 6.606, de 17 de novembro de 1996, sendo oficialmente instalado em 1º de janeiro de 1997.

Com a possível aprovação da PEC 93/2007, distritos como o Maiobão poderão, enfim, ver o antigo sonho da emancipação política se tornar realidade.

Em entrevista ao podcast MyNews, exibido nesta segunda-feira (5), o vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), revelou que há uma “expectativa muito grande, real e concreta” de que o governador Carlos Brandão (PSB) deixe o cargo para disputar uma vaga no Senado Federal nas eleições de 2026.

Caso essa movimentação se concretize, Felipe Camarão assumiria o comando do Palácio dos Leões e se colocaria como candidato à reeleição, formando uma chapa majoritária com o próprio Brandão.

“Há uma expectativa muito grande, real e concreta, de o governador Carlos Brandão disputar o Senado, eu poder assumir o Governo do Estado e concorrer à reeleição”, destacou o petista durante a entrevista.

Camarão tem ganhado espaço na política estadual e se consolidado como uma das principais figuras do Partido dos Trabalhadores no Maranhão. A possível candidatura à reeleição representaria uma continuidade do atual grupo político que governa o estado, mantendo a aliança entre PT e PSB.

Nos bastidores, a declaração reforça as articulações para as eleições de 2026, sinalizando que o cenário político local já está em intensa movimentação.

Durante a inauguração de uma estrada no povoado Centro do Cirilo, zona rural de Bacabal, neste domingo (4), o governador Carlos Brandão (PSB) fez declarações que repercutem no cenário político estadual ao afirmar que não apoiará um nome que persiga seus aliados ou que não esteja preparado para dar continuidade ao seu governo.

“Não vou entregar para quem não pode fazer um bom governo. Tem que ser alguém afinado com os nossos amigos. Não adianta entregar o governo para quem vai perseguir nossos aliados, para quem não sabe tocar o governo. Eu preciso entregar o governo para quem realmente saiba tocar e tirar do papel”, afirmou Brandão, ao lado do prefeito de Bacabal e presidente da Famem, Roberto Costa, e da presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale.

Embora tenha reiterado que só pretende tratar oficialmente da sua sucessão em 2026, Brandão deixou claro que o nome escolhido para sua indicação terá que representar a continuidade das ações desenvolvidas ao longo de sua gestão. “O que o povo tá querendo saber agora é de obra. O povo não tá querendo saber de eleição agora. Eleição é em 26”, ressaltou.

Ainda segundo o governador, ele pretende dialogar com prefeitos, vereadores e outras lideranças políticas antes de tomar uma decisão sobre quem apoiará na disputa pelo Palácio dos Leões. “A gente precisa eleger alguém que dê continuidade ao nosso trabalho. O Maranhão não pode retroceder, tem que continuar avançando. Tem algumas coisas que não vai dar tempo de eu inaugurar. É muito importante a gente entregar para a pessoa certa, a pessoa que realmente possa conduzir e dar continuidade. Estou muito tranquilo, em 2026 a gente reúne, senta e vê qual destino melhor para o nosso estado”, concluiu.

As declarações aumentam as especulações sobre os nomes que podem contar com o apoio do atual chefe do Executivo maranhense na disputa estadual, especialmente em meio à movimentação de diversos grupos políticos visando a sucessão de 2026