Roberto Rocha critica exclusão de pesquisa eleitoral e questiona adversários

Roberto Rocha

O ex-senador Roberto Rocha foi deixado de fora da mais recente pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas sobre a sucessão estadual no Maranhão. Em levantamentos anteriores, Rocha aparecia com 15% das intenções de voto para governador, mesmo sem campanha ativa, o que torna sua exclusão um ponto de questionamento.

“Em um mês, fazem uma pesquisa e não colocam meu nome. Antes, pelo menos, aparecia com 15%, jogando parado. Agora, simplesmente me ignoram. Estão com medo de quê?”, declarou o ex-parlamentar em entrevista ao Blog do Marco Aurélio.

A ausência de seu nome na pesquisa levanta suspeitas sobre possíveis tentativas de influenciar o cenário eleitoral. Com um histórico consolidado na política maranhense, Rocha segue articulando sua base e acompanhando os movimentos dos adversários.

A grande questão é se as próximas pesquisas irão incluí-lo ou se essa estratégia de invisibilização continuará.

Paraná Pesquisas: Braide lidera para o governo do Maranhão e Hilton Gonçalo desponta como nome forte para o Senado

O mais recente levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado neste sábado (15), aponta que o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), lidera a disputa pelo governo do Maranhão em 2026, mesmo sem ter oficializado sua pré-candidatura. Braide aparece com 32,7% das intenções de voto, seguido pelo ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahésio Bonfim (Novo), que registra 24,9%.

Se as eleições fossem hoje, o cenário indicaria um segundo turno entre Braide e Lahésio. Outros nomes em destaque na pesquisa incluem Orleans Brandão, com 16,9%, e Felipe Camarão, que soma 12,9%. Além disso, 8,5% dos entrevistados afirmaram que votariam em branco ou nulo, enquanto 4,1% não souberam ou preferiram não opinar.

Hilton Gonçalo cresce na disputa pelo Senado

No cenário para o Senado, o ex prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo, desponta como um nome  forte para representar o Maranhão. Reconhecido por sua gestão eficiente e influência política no estado, Gonçalo vem ganhando destaque e consolidando sua pré-candidatura com forte respaldo popular.

A presença de Hilton Gonçalo nas pesquisas de um instituto de credibilidade nacional reflete o reconhecimento do eleitorado e sua confiança na liderança do gestor. Seu nome na disputa pelo Senado representa a continuidade de um trabalho voltado ao desenvolvimento do Maranhão, reafirmando seu compromisso com o progresso do estado.

Com o cenário ainda indefinido para 2026, a expectativa gira em torno dos próximos passos dos pré-candidatos, possíveis alianças partidárias e o desenrolar da corrida eleitoral nos próximos meses.

Lula faz apelo, mas Centrão foge de garantir apoio em 2026

O presidente Lula reuniu seus 38 ministros e fez uma cobrança pública por reciprocidade por parte de partidos que, apesar de ocupar o alto escalão, não se comprometem em manter uma relação duradoura com o governo.

O recado foi endereçado principalmente às legendas do Centrão. Juntas, as cinco siglas (MDB, Progressistas, União Brasil, Republicanos e PSD) representam onze ministérios e somam uma bancada de 241 deputados e 43 senadores , número determinante para a aprovação dos principais projetos.

“Eu quero que esses partidos continuem junto, mas nós estamos chegando no processo eleitoral e a gente não sabe se os partidos que vocês representam querem continuar trabalhando conosco ou não. E esta é uma tarefa também de vocês neste ano de 2025”, afirmou o presidente

VEJA conversou com lideranças e dirigentes dessas agremiações. Por ora, os caciques decidiram adotar um compasso de espera e avaliar a reação do governo diante dos baixos índices econômicos e de popularidade, enquanto já trabalham com alternativas para o próximo pleito.

Centrão: Governabilidade garantida. Já 2026…
Presidido pelo ex-ministro de Bolsonaro e senador Ciro Nogueira, o Progressistas é o primeiro partido que, sob o argumento de ter fincado os pés na oposição, rechaça qualquer possibilidade de aliança futura. Mas, de olho no presente, o PP ocupa o Ministério do Esporte, comanda a Caixa Econômica Federal e tenta ampliar seu espaço na Esplanada com a indicação do ex-presidente da Câmara Arthur Lira para o Ministério da Agricultura.

O problema é que a Agricultura está sob o comando do senador Carlos Fávaro, do PSD, e a legenda não está disposta a ceder espaço. Na última terça-feira, 4, o ministro foi à Câmara dos Deputados e, num ato de desagravo de sua bancada, foi recebido entre aplausos e deferências em favor de sua permanência no posto. A portas fechadas, a legenda tenta trocar o desprestigiado Ministério da Pesca  pela pasta do Turismo e manter o comando de Minas e Energia – na última semana, Lula chamou o ministro Alexandre Silveira de “excepcional” e disse que ele ficará no cargo.

O presidente também fez um aceno ao agora ex-comandante do Congresso e incensou uma candidatura de Rodrigo Pacheco ao governo de Minas Gerais – antes disso, ele é cotado a assumir as fileiras da Esplanada, o que deixaria o PSD com quatro integrantes no alto escalão. Os sucessivos gestos de Lula à legenda, com quem garante manter uma aliança “forte”, acontecem em meio a posições dúbias do dirigente da sigla, Gilberto Kassab, que chegou a afirmar que o petista não seria reeleito se a disputa fosse hoje e a chamar o ministro Fernando Haddad de “fraco”. Uma semana depois da repercussão, Kassab recuou e disse que o presidente é “forte” e pode reverter o cenário.

Enquanto isso, o PSD trabalha para lançar nos próximos meses o governador do Paraná, Ratinho Júnior, como candidato ao Planalto em 2026 e tenta tirar do papel ainda neste semestre uma fusão com o PSDB, partido historicamente adversário do PT.  Com duas cadeiras no governo Lula, o União Brasil planeja lançar no próximo mês a pré-campanha à Presidência do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e dar a largada para um giro pelo país em busca  de torná-lo nacionalmente conhecido. Na última semana, a bancada da legenda na Câmara lançou um manifesto pedindo a permanência de Juscelino Filho nas Comunicações e de Celso Sabino no Turismo. “Não há nenhuma contradição. Ao contrário. Eu acho que os ministérios ajudam o Brasil e a governabilidade do governo. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Uma coisa é governabilidade, outra é a eleição de 2026. Em 2025, a pauta é governabilidade. Em 2026, será a eleição”, afirma Antônio Rueda, presidente do União.

Situação similar acontece no Republicanos. Com um ministério no governo petista, a legenda tem entre seus quadros o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, considerado uma das principais apostas numa disputa presidencial caso Bolsonaro fique fora do jogo. Em meio à resistência do ex-capitão em jogar a toalha e aos tropeços do governo, a legenda evita se posicionar sobre 2026, mas defende um choque de gestão no governo Lula. “O governo tem que ser mais pragmático, principalmente na pauta econômica”, disse a VEJA o presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira. “E precisa também se preocupar com o aumento do preço dos alimentos e, ao mesmo tempo, empoderar o Haddad na pauta do controle de gastos”, acrescentou o dirigente.

O MDB, da mesma maneira, passa por uma divisão interna sobre o próximo pleito. Enquanto figuras como o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, já se posicionaram contra o apoio a Lula em 2026, ministros da legenda, entre eles Renan Filho, defendem que a sigla retome a parceria do passado e integre a chapa de Lula na cadeira de vice. Em meio ao fogo cruzado, o presidente do MDB,  deputado Baleia Rossi, afirma que é muito “cedo” tratar de 2026 e garante que o partido, com três ministérios, dará a estabilidade necessária ao governo Lula.

Flávio Dino atende Solidariedade e supende processo de vaga no TCE

O ministro Flávio Dino, que é o relator prevento da Ação Direta de Inconstitucionalidade do Solidariedade contra a indicação do advogado Flávio Costa como membro do Tribunal de Contas do Estado, já emitiu decisão liminar e suspendeu o processo na Assembleia Legislativa.

O processo entrou neste domingo (9) no STF, e já nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (10) o ministro concedeu a liminar suspendendo o processo que estava sendo realizado pela Casa Legislativa.

Na decisão,  Dino alega que “em uma primeira análise, há notável discrepância de procedimentos nos modelos federal e estadual”.

Ele deu prazo de 5 dias para a Assembleia dar informações sobre o processo secreto que está sendo impugnado pelo Solidariedade e envie a ata e os registros audiovisuais da sessão da última sexta-feira, quando foi realizada a sabatina com Flávio Costa.

Clodoaldo Correia

Felipe Camarão rompe politicamente com Othelino Neto

 

Captura-de-tela-2025-02-03-075827

O vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), afirmou que rompeu com o deputado estadual, Othelino Neto (SD). A informação foi publicada pelo blog do Marco D’Eça.

A declaração foi dada após o jornalista questionar sobre as movimentações ocorridas durante o final de semana em Brasília, onde o petista estava para acompanhar as articulações no Congresso Nacional e se reunir com lideranças políticas maranhenses.

“O senhor e Othelino estão rompidos?”, perguntou Marco D’Eça. Camarão foi categórico na resposta: “Eu e Othelino sim!!! Sem dúvida!”.

Apesar dessa confirmação, o deputado negou qualquer rompimento. “Me encontrei, sim, com Felipe Camarão; e ficamos na mesma mesa”. A declaração se referia ao encontro que o parlamentar teve com o vice-governador na festa de aniversário do advogado Sálvio Dino.